Resistência múltipla a doenças foliares e potencial agronômico de famílias RC3F2 descendentes de Arachis hypogaea x (A. magnaxA.stenosperma)4x
DOI:
https://doi.org/10.17648/sas.v1i2.61Palavras-chave:
Amendoim, Mancha preta, Ferrugem, Peso de vagens, SAMResumo
1
ÂAs doenças fúngicas foliares constituem um dos fatores limitantes ao cultivo do amendoim no estado de São Paulo, Brasil. Este trabalho teve como objetivo explorar o potencial do anfidiploide sintético (A. magna x A. stenosperma)4x como fonte de resistência às manchas foliares no desenvolvimento de linhagens de A. hypogaea resistentes, com o auxílio de seleção assistida por marcadores moleculares (SAM). Foram utilizados marcadores microssatélites e SNPs ligados a QTLs para resistência í mancha preta e ferrugem, identificados em A. Stenosperma e A. magna, respectivamente. Após três gerações de retrocruzamentos com SAM, as famílias RC3F2 desenvolvidas foram plantadas na estação experimental de Pindorama, sem controle químico das doenças, mas com os demais tratos culturais recomendados para a cultura. As plantas foram avaliadas individualmente para mancha preta e ferrugem aos 120 dias após a semeadura; e, após a colheita das vagens, avaliou-se o peso de vagens por planta. A população tem variabilidade para resistência as manchas foliares e para produção. Algumas plantas mostraram-se tão ou mais resistentes às manchas foliares do que a cultivar IAC Sempre Verde, padrão de alta resistência e elevada produção. Também foi observada uma correlação entre a resistência às duas doenças, ou seja, plantas resistentes í mancha preta também mostraram resistência í ferrugem. Isso foi confirmado pela co-localização dos segmentos genômicos silvestres conferindo resistência às duas doenças. Entre as plantas mais resistentes observou-se ganhos de produção. Esse trabalho descreve a utilidade e a viabilidade do uso de espécies silvestres no melhoramento genético do amendoim.
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